Ex-Alunos

MACHO E FÊMEA:
O AMOR DESCONHECE OS GÊNEROS, MAS DEUS RECONHECE APENAS DOIS SEXOS*

*Por Pr. Weber Firmino Alves
Bel. em Teologia com Concentração em Missiologia pelo Betel Brasileiro, Licenciando em Letras pela UEPB,
Pastor da Congregação da IEC El-Shaddai em Esperança-PB
prweberalves@yahoo.com.br

Ao chegar nas escadarias da Universidade (UEPB) deparei-me com um texto que me chamou atenção: “Love Knows No Gender” (em anexo). Parei nas escadarias e li espantado o texto, cuja tradução do título é: “O amor desconhece Gênero”. O teor do texto criticava “chocado” a Campanha em Defesa da Família e das Garantias Constitucionais de Liberdade de Pensamento, Expressão e de Religião”, promovida pela VINACC e defendia o Projeto de Lei nº 122/2006 que iguala a homofobia ao crime de preconceito social, religioso e racial.

O texto não possui a indicação do autor, o que talvez torne minha crítica mais ideologizada e livre de qualquer direção pessoal, já que nem sequer conheço o autor, percebendo apenas seu sexo devido às marcas textuais deixadas no texto. Talvez a própria falta de indicação de autoria do texto dá-se por um medo de se comprometer e de ser posto entre um dos GLBT’s. Por outro lado, o autor do texto se auto denomina cristã, muito embora defenda o projeto de lei que condena qualquer discurso contrário ao homossexualismo. Esta auto-denominação prova mais uma vez o quanto que os conceitos no tempo pós-moderno estão cada vez mais relativizados, sendo possível alguém se auto intitular “cristão” e, ainda assim, condenar o discurso cristão, defendido, inclusive na própria base de fé do cristianismo, a Bíblia Sagrada.

O autor do texto considera uma lavagem cerebral a campanha da VINACC, mas não se apercebe que verdadeira lavagem cerebral é a que o Governo Federal faz quando capacita professores para lidar com nossas crianças nas escolas, direcionando suas consciências para se submeterem ao homossexualismo como algo normal, e abandonarem o conceito tradicional, verdadeiramente normal e natural dos dois sexos. Não escrevo com a intenção de provocar perseguição ao homossexualismo, pois embora respeite o direito de qualquer ser humano viver o comportamento homossexual, não posso admiti-lo como algo natural que deva ser reconhecido legalmente, pois do ponto de vista bíblico, físico, psicológico e moral, o comportamento é maléfico e prejudicial. O homossexualismo é um comportamento adquirido em certas condições até mesmo familiares. Conforme pesquisas reconhecem, grande parte dos homossexuais foram abusados sexualmente na infância, o que na maioria das vezes provoca este comportamento.

Segundo o texto, a intenção do referido projeto de lei seria “penalizar as mentes fechadas que acabassem por cometer algum tipo de violência” contra os LGBT’s. A título de exemplo de violência, o autor cita uma pesquisa de que, “em média, a cada três dias um LGBT é assassinado no Brasil [que é] campeão mundial de homicídios contra gays, seguido do México e dos Estados Unidos” (acréscimo nosso). Entretanto o dado é incompleto. O site do Grupo Gay da Bahia apresenta que nos últimos 25 anos 2.511 homossexuais foram assassinados. Neste mesmo período 800 mil homens, mulheres e crianças também foram assassinados, o que significa que tal número de homossexuais assassinados não significa sequer um por cento da população assassinada no mesmo período. Deste modo, a cada dia são assassinados em torno de quase 90 brasileiros, o que representa a cada 270 homens, mulheres e crianças assassinadas, 1 homossexual apenas.

Além disso, esse projeto de Lei vai criminalizar grupos que não são causadores desta violência. É certo que o discurso da Igreja, católica ou protestante, na verdade o discurso bíblico, não é o causador dos crimes cometidos contra os homossexuais. Não existe nenhum grupo secreto cristão provocando homocídio (homicídio de homossexuais) no Brasil. Entretanto, a maioria destes homicídios à classe do LGBT é cometido porque grande parte destes dão-se à prostituição nas noites, quando ficam à mercê de criminosos que, além de abusar sexualmente, lhes matam. O site do Grupo Gay da Bahia apresenta 24 travestis assassinados em 2005 e 15 destes eram “profissionais do sexo”. O mesmo tipo de crime ocorre com prostitutas, e a solução para esta violência não está em reconhecermos legalmente a prostituição como profissão.

Ao contrário do que o autor do texto faz crer, a VINACC nem as Igrejas Evangélicas não querem coibir o direito de nenhum indivíduo optar sobre sua própria vida, nem mesmo violentá-lo fisicamente, como se sugere. Desejamos apenas a liberdade de dizer que isto não é normal, nem natural, mas que fere os desígnos do Deus Verdadeiro que inspirou a Bíblia Sagrada. A intenção da campanha não é promover um “jihad religioso” contra os homossexuais, eliminando-os do planeta como outro charge publicado na internet e exposto nas ruas sugere, mas conscientizar a população de que este comportamento não é natural; pode até ser pessoal e livre para qualquer pessoa experimentá-lo, mas não natural, a ponto de nossos representantes aprovarem uma lei que proíba qualquer mensagem contrária ao comportamento homossexual.

A Igreja Evangélica não odeia os homossexuais, não tem fobia a eles, e nem considera o homossexualismo o pior de todos os pecados. A mensagem bíblica e evangélica vê o homossexualismo como um pecado igual a outros tantos, para o qual há perdão e libertação se houver arrependimento e conversão sincera, pois, como diz as Escrituras, “os que as confessa e deixa alcança misericórdia” (Pv. 28.13). Deus ama o homossexual, embora repudie o homossexualismo como prática pecaminosa e anti-natural. Os templos evangélicos estão repletos de ex-homossexuais que foram libertos pela mensagem do Evangelho que é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm. 1.16) e vivem abençoados, casados e pais de filhos em verdadeira família. Há vida em Cristo para qualquer pecador, inclusive o homossexual que pode ser livre do poder do pecado pelo poder de Jesus Cristo.

Isto ocorre porque o homossexualismo não é uma condição natural do ser, mas um comportamento pecaminoso adquirido. A VINACC tem direito de citar o que a Bíblia diz acerca de Deus ter criado no princípio homem e mulher e ter visto que isso era bom. Este discurso não é dela, mas de Deus nas Escrituras. Do mesmo modo que os homossexuais querem o direito de viver o seu comportamento, os cristãos desejam permanecer com a liberdade de pregar as Escrituras, o que nos é um direito conquistado pela liberdade de consciência e de crença da Constituição Federal.